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domingo, 19 de abril de 2015

Convite especial

Fui convidada a fazer uma palestra a um grupo de usuários de drogas.Meu Deus! O que dizer a eles, que possa fazer alguma diferença em sua s vidas? Eu estou pensando aqui com meus botões: Devo dizer que a droga é ruim? Mas eu nunca usei,Graças a Deus, Como dizer do que não provei? Se fosse ruim, ninguém usava. O problema é que a droga deve ser muito prazerosa, pra dar tanto trabalho no mundo,pois parece praga. Cresce cada vez mais a entrada de jovens e adolescentes no mundo dos sonhos, que logo vira pesadelos. E quando chega a hora de sair disso? Então vamos lá-Pensei! Criei coragem e me armei da arma mais eficaz que eu tenho: O Evangelho segundo o espiritismo que traz um grande conhecimento da vida espiritual. De onde viemos e para onde vamos? O que viemos fazer aqui, nesse planeta cheio de dificuldades, e de misérias em suas diversas modalidades?. Vou pensar um pouco...Talvez eu aceite esse convite tão especial e possa compartilhar aqui as nossas experiências num campo tão carente de respostas.Que Deus nos ajude.

Hipocrisia

Somos um povo hipócrita até debaixo d água .Vejo pessoas criticarem os defeitos alheios, sem atinar para os seus próprios defeitos. Nós temos uma tendencia muito forte de ver nos atos dos outros um reflexo do que existe dentro de nós.Se sou ciumenta,logo identifico atitudes de ciúmes, porque eu conheço aquela atitude, se sou invejosa, a mesma coisa. Mulher vulgar vê vulgaridade em lugares até mesmo onde não existe. Parece ima atraído pelos iguais. Homem mulherengo vê as mulheres como se todas fossem iguais as que ele leva pra cama. Não há nada novo no universo humano.Desde que o mundo é mundo os homens lutam como se fera fossem,e as vezes penso que são mesmo, o que torna a vida cheia de alfinetadas que acabam por ferir. O bom é que podemos,se quisermos,olhar para isso com um pouco mais de cuidado. Limpar o nosso interior é mais do limpar o nosso guarda roupa,Haja coragem!

domingo, 23 de junho de 2013

RECOMEÇANDO

VII

Parecia ser o fim de todos os sonhos, mas a vida continuava e os problemas também, exigindo providências. Após a morte da mãe, Matias se mudou para a casa da sobrinha. Não tinha coragem de deixá-la só, num momento tão delicado. Mesmo tendo uma vida misteriosa aos olhos de Valéria, o tio era o parente mais próximo e talvez o único que realmente podia confiar. Horácio era o amigo que queria ser mais do que amigo, mas o sentimento não era recíproco e isso incomodava a sensibilidade dela, que não queria fazê-lo sofrer. Sabia desde os quinzes anos de idade do interesse dele por ela, mas conseguiu até então manter somente a chama da amizade, embora fosse o desejo do pai e da mãe em vê-los casados um dia. Todas as vezes que pensava nisto, Valéria sentia uma força estranha, como se fosse preciso aguardar, e que  futuro fosse lhe trazer surpresas agradáveis,como ganhar numa loteria, mas não era dinheiro que ela teria, e sim, um grande presente de Deus, em quem ela aprendeu desde cedo a confiar plenamente. Essa era a motivação que a tirava da tristeza e lhe dava forças para lutar.

A propriedade precisava de cuidados. A colheita  tinha sido satisfatória, mas muita coisa ainda precisava ser feita, como a sopra do feijão. o cuidado no armazenamento do que não fosse vendido, as contas vencendo, e muitas outras coisas relacionadas com a fazenda. Não faltava ajuda dos amigos e vizinhos que se revezavam para cuidar dos serviços, mas mesmo com tantas oferendas, as decisões mais sérias dependiam dela. Era preciso cuidar do inventário, das coisas deixadas pelos pais. Com a morte do pai, Tereza Maria não conseguiu resolver todas as pendências, e agora ela sabia que as coisas se complicariam. Sempre que perguntava sobre isso para a mãe, ou o tio, eles desconversavam e não respondiam o que ela queria saber. Diziam que ela não precisava se preocupar , que  aquilo não era assunto para ela. E agora? Não sabia por onde começar.
Uma coisa a preocupava muito. Porque Matias desconversava quando o assunto era o inventário? Dispunha o tempo todo a ajudá-la, mas ficava calado quando ela tocava no assunto dos bens, que lhe era de direito e obrigação, legalizar e assumir.  A cada dia que passava sentia-o mais calado e triste. Nos fins de semana montava o seu cavalo e ninguém sabia para onde ele ia. Era então que Horácio se aproximava, com a atitude de quem se sentia responsável por ela.

Aos Domingos Valéria ia a missa, revia as amigas, conversavam e isso ajudava a passar o dia. A tarde podia olhar a estrada,  pelas dezoito horas, e lá vinha  o tio, de volta para mais uma semana de trabalho, a seu lado. Gostava muito dele, embora aquele ar de mistério que sempre a preocupou, continuasse muito forte entre eles.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Triste acontecimento

VI

O dia estava nublado, o coração de Valéria era a própria expressão de dor.  Uma segunda experiência traumática que transformava a sua vida num vale de lágrimas. Era o enterro da querida mãezinha, colaboradora expressiva na sua jornada, amiga de todas as horas, razão de sua vida. A desolação era agora companheira inseparável, desde aquela tarde de segunda feira, quando Matias a chamou para uma conversa, sobre o estado de saúde de Tereza Maria.
     -Tio, por que a minha mãe não falou nada sobre essa doença?
      -Ela não quer que você sofra. Quer lhe poupar, entenda isso filha, sua mãe esconde o problema de saúde, que é muito grave, para que você não sofra. Eu a acompanho todas as vezes que vai à cidade.
      -Isso não pode estar acontecendo. Diga que não é verdade. Se alguma coisa acontecer, eu não suportarei tio. A minha mãe é tudo pra mim.
   
Apenas trinta e cinco dias se passaram desde que soube da doença da mãe. Após a descoberta, Valéria procurou de todas as formas fazer o possível e o impossível para curá-la. Nada pode ser feito. Até que a morte a encontrou, serena e tranquila, apesar da dor. Os  amigos  e parentes estavam ali naquela manhã. O conforto que a filha recebia era um bálsamo , mas não era  o bastante para minimizava a ferida aberta no seu coração. Uma flor foi a última doação material que Valéria oferecia de seu, para aquela que levava com ela, todo o perfume de sua vida
Em meio ao sofrimento da despedida, Horácio se aproximou na tentativa de ajudar .
      -Vamos sair daqui Valéria, precisa descansar agora.O tio Matias a espera no carro. Nada mais podemos fazer.
      -Pobre mãezinha , escondeu de mim essa doença por tanto tempo.
      -Ela não queria que você sofresse.
      -Quando eu perguntava o que ela tinha, dizia que era tristeza, ou saudade do papai. Ela sabia que era doença. Talvez...
      -Talvez nada ! O doutor Osvaldo sempre cuidou muito bem dela. Tereza teve um bom tratamento, apenas chegou o momento dela. É preciso aceitar os fatos. O coração de sua mãe até que aguentou muito tempo.


domingo, 16 de junho de 2013

capítulo II

                                      
V                                                             Vinte Anos Depois

Não passava das nove horas da manhã, e as pessoas que se arriscavam a sair de casa  já sentiam o ardor de mais um dia de verão. No sudeste do Brasil, a falta de chuva era motivos de desânimo para quem vivia da lavoura do feijão. Para  a família de Valéria, que sempre viveu da roça, tudo o que mais importava por ali era a chuva, que a quase dois meses não aparecia. Depois da morte do pai a doze meses atrás, as coisas pareciam ir de mal pior. Não bastasse a dor de ficar sem a presença paterna, agora a mãe se trancava em casa com  sinais de tristeza profunda, que os médicos diagnosticavam como depressão. Como não tinha irmãos, Valéria se sentia com a responsabilidade de cuidar da casa, da mãe e da lavoura. Levantava bem cedo, preparava o café, e tão logo podia, saía para dar as ordens, pois já era tempo da colheita e o feijão não podia esperar. Apesar do tempo não ter ajudado muito, a vagens estavam secas, indicando ser esse o momento propício para serem colhidas., Era costume dos agricultores de pequenas propriedades rurais, a troca de dias trabalhados. Eles se reuniam em mutirões; plantavam e colhiam sem precisar de grandes quantias de dinheiro. No caso de Valéria, era preciso que alguém remunerado cobrisse a sua falta, pois o fato da mãe  estar com problemas de saúde, não tinha coragem de deixa-la por muito tempo sozinha. Há seis meses recebia a ajuda do tio Matias que aparecia sempre para visitá-las e permanecia dias e dias na fazenda. Ele se preocupava em ajudar , cuidava dos animais, tirava o leite das poucas  vacas que tinham, logo depois Valéria e a mãe faziam os queijos que vendiam na feirinha dos produtores da região.
 o pequeno povoado se cercava de uma igreja, onde o padre da cidade aparecia uma vez por mês para rezar uma missa; com um campo de futebol, a mercearia do seu Pedro, que vendia quase tudo que eles precisavam para as suas subsistências. A escola só alcançava o ensino fundamental, para uma população de pouco mais de trinta crianças e adolescentes. Havia também um clube de festa, onde as pessoas se reuniam para o lazer de finais de semana. Esse centro comunitário era o ponto de encontro para os namoros, a política e as fofocas. Assim vivia  Valéria, entre o sonho de continuar os estudos, a tempos deixados de lado, e a dura realidade que a mantinha ali, sem nada poder fazer. Em meio a pensamentos conflitantes, a presença do tio era o ponto de equilíbrio.Matias contava com quase setenta anos de idade, mas aparentava um pouco mais, durante muito tempo levou uma vida desregrada. Dormia pouco por causa do vício do jogo e da bebida. Enquanto pensava nele, não percebeu a chegada da charrete. Quando o viu, não pode esconder a satisfação em tê-lo por perto.
     - Eta sol quente, minha filha. Acho um crime sua mãe deixar você vir pra lavoura. Isso é serviço pra homem.
      -Que bom ver você tio, não se preocupe comigo, sou acostumada com essa vida. A mamãe não está bem, alguém tem de olhar o serviço. Com a morte do pai, ela ficou completamente perdida. E Nossa colheita não pode esperar, se a chuva chegar agora, perderemos tudo, o feijão já está seco.
      -Não me conformo por você ter parado com os estudos, deveria é estar na cidade estudando para ser doutora.
      -A cidade grande me assusta bastante- Enquanto falava, ela reunia as marmitas do almoço e subia na charrete. Era  hora de voltar para casa
      -Quando foi que chegou? Perguntou Valéria .Enquanto o abraçava.
      -Agora a pouco, desta vez vou ficar até o final da semana, assim posso ajudar na colheita e também cuidar dos bezerros que não param de nascer.
      -Graças a Deus não? Não via a hora do senhor aparecer. Mas sobre aquele assunto de estudar, o senhor sabe que sou medrosa, depois somos pobres, não temos condições financeiras para me manter na cidade grande e pagar meus estudos.
Matias abaixou os olhos, como se essa afirmação lhe imputasse tremenda dor na consciência.
      -É uma realidade que doi em mim.
     -Não deveria, o senhor não tem culpa.
      -Você é diferente das moças daqui, sabia? Tem uma estrela bem aqui na testa. -Valéria ri enquanto sente as mãos frias do tio em sua cabeça, e os dois caem na gargalhada, o que a deixa mais feliz e segura, quando ele se encontra por perto. O cavalo apressa o passo, sente que volta para casa, pois sabe que poderá descansar. Matias volta a sua atenção para o caminho e firma as rédeas com as duas mãos.
Em pouco tempo, eles chegam em casa, Valéria corre até o quarto.
      -Que foi mãe, não se levantou ainda?
      -Filha, eu me levantei, mas voltei a deitar, a saudade e a tristeza não são boas companheiras.
      -Então larga  essas companheiras mãe. Faz mais de ano que o papai morreu e senhora se recusa a viver bem. Pensa em mim. Só tenho a senhora e o tio Matias, e ele já está velho. Qualquer dia caí na cama e não levanta mais. E eu?
      -Você tem  o Horácio, doidinho por você.
      -Ja disse que não quero o Horácio.
      Por que filha, Ele é um menino bom, conhecido de todos nós. O seu pai fazia tanto gosto  no namoro de vocês.
      -Mas eu não faço- Enquanto falava , Valéria cuidava de dobrar as cobertas e abrir as cortinas, para que a mãe deixasse o quarto.- Não é o fato dele ser bom, e de eu ter vinte anos, que vou casar com quem não amo.
  Com um sorriso nos lábios, a mãe concordou: -Está bem filha, que Deus te ampare então!
Visto que nada adiantava argumentar com a filha sobre o assunto, Tereza Maria levanta da cama e depara com a presença do cunhado bem ali na porta. Os dois, Matias e Valéria lhe dão o braço e saem para mais um dia de lutas e esperanças. 

Continuemos

     

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Departamento da reencarnação

 IV

Chegaram assim que foram solicitados para os preparativos que antecedem à reencarnação. O casal de espíritos estavam de posse de muitos pormenores que diziam respeito a esta volta, e com toda certeza estavam apreensíveis com a separação provisória. Não se preocupavam com as provas em si e podiam compreendê-las em suas totalidades, mas a saudade era então o maior empecilho para a futura viagem .
O encontro seria novamente com Jorge:
      -Muito bem, meus filhos, terão que seguir em posições diferentes. Tudo está preparado, concordaram com todas as propostas? Espero já estejam em condições para o processo reencarnatório.
 -Jorge, falou  Fabinho quase chorando. Eu preciso fazer um pedido antes de começar os preparativos.
       -Pois não querido. Se estiver em meu alcance tudo farei, se não, encaminharei o seu pedido aos nossos superiores e aguardaremos respostas. Aqui ninguém fica sem respostas.
No dia seguinte Luciana caminha rumo ao centro da  cidade. Algumas pessoas transitavam para lá e para cá. Do outro lado da rua estava  Fabinho, que ao vê-la, também se moveu em sua direção. Era um forte abraço que cada um levava na alma, impregnado de saudades e esperanças.- Eu ouvi o seu chamado querida, vim o mais rápido que pude, o que foi?    
      -Devemos nos separar em breve, sabíamos que seria assim, mas...nasceremos em lugares distantes e diferentes. Pedi tanto para Deus reencontrá-lo na terra, mesmo sabendo das poucas possibilidades. Disseram que isto poderá acontecer daqui  a alguns longos anos. Você estará em um corpo diferente.
      -Você também, esqueceu? -Fábio afasta o rosto de Luciana, levanta o seu queixo com carinho para olhar em seus olhos, e os vê cheios de lágrimas.-Trabalharemos pelo nosso crescimento, com a certeza de nos reencontrarmos, aqui neste lugar, nesta praça, onde nos separaremos hoje. Levo-a no meu coração, na minha mente, no meu espírito. Mas antes, quero que sinta uma coisa.-Ele retira do bolso um frasco!- olha esse frasco, sinta o perfume que dele sai, para que se impregne em nós, você me encontrará por esse perfume.
      -Como será isto? - Ela sorri cheia de esperança -Será na terra? Eles me disseram que um dia, no momento certo você sentirá essa fragrância no ar e se lembrará de um grande amor e me reconhecerá. Nossos corações se reconhecerão. Essa é a única certeza que levo comigo. e quero que leve com você também.
    -Disseram que é remota a chance de nos casarmos desta vez, não foi?
     -Isto é o que o nosso coração deseja, mas há muitas coisas, muito trabalho que é de cada um em separado. Só seremos realmente felizes, quando vencermos todas as nossas fraquezas  e nos harmonizarmos com os desafetos do passado. São as pessoas que fizemos sofrer e que até hoje não nos perdoaram. Temos consciência do nosso trabalho e precisamos ter fé no futuro.
     - Eu confio em você Fábio!
      -Tem de confiar em você mesma e em Deus. Precisa superar o medo e a dependência emocional. Até breve é o mais correto dizer, Luciana querida, porque poderá, sempre que possível, durante o sono físico dar uma escapadinha e vir aqui me ver.
      -Sim, eu quero fazer isto, e você virá também? -
      Claro que farei, por isto que eu digo até breve! Muita sorte para nós dois. -Fábio olha para cima:
      -Veja o céu, ele nos abençoa e quando ele nos abençoa, quem poderá ser contra os nós?
Depois de se olharem os dois se afastam lentamente em direção contrária, e se perdem entre o verde, as flores e as árvores existentes  naquela praça. Quem passava por ali naquele momento pode sentir um perfume diferente,  sem qualquer semelhança com outro já existente no planeta terra.

domingo, 9 de junho de 2013

A Despedida.

III

O dia amanheceu com algumas nuvens escuras, mas logo veio o sol, Luciana em companhia da avó materna, aproveitavam o aroma verde do jardim, enfeitando o pequeno parque de lazer e reflexão, mantido com muito carinho pelos moradores daquela cidade. Todas as forças renovavam-se ao contato daquele ambiente de paz e renovação. Enquanto caminhavam, Luciana reiterava as suas dúvidas quanto ao acontecido no dia anterior. Desde que chegara a cidade a anos atrás, e encontrara a avó a sua espera, nunca mais a perdera de vista. Amava-a tanto quanto ou mais, do que quando conviveram juntas na terra. Embora a tenha perdido muito criança ainda, guardara dela boas recordações, e encontrá-la nas condições de espírito tempos depois, foi como se o tempo não houvesse passado. Luciana lembra do encontro e sente o alívio, como se estivesse no deserto morrendo de sede e de repente um grande rio despontasse em sua frente, e matasse toda a sede. O silêncio de Luciana doía no coração da avó, que já tinha conhecimento dos últimos acontecimento, antes mesmo deles acontecerem. Para ela não havia surpresas, visto que estava também envolvida na trama espiritual da neta, desde as remotas existências vividas, hora na terra, ora em outro plano de vida, e agora fora designada para ser aquele espírito protetor que a acompanharia ao plano físico, estava incumbida de ser um amigo espiritual que zelasse por ela. São funções específicas dos que sabem amar sem interferir nas idéias do seu tutelado.Ao mesmo tempo que é bom, pode também ser muito sofrido para os entes queridos que assumem esse trabalho, pois nem sempre os homens se lembram dos compromissos assumidos anteriormente e resolvem cumprí-lo. Em meio a pensamentos conflitantes, Luciana ouve as palavras da avó:- Vou sentir saudades destas nossas caminhada de  toda manhã. Respirar esse perfume gostoso das flores ao seu lado.
      -Vó, sei que vai estar comigo por onde for. Diz vó! Acredita mesmo que vou conseguir?
      -É claro que vai. Entendo o seu medo acerca do coração, do afeto sensual, mas o passado não se repetirá. Você amadureceu querida. -
      -Vó, vai interferir no meu livre arbítrio, quando eu estiver fazendo algo ruim, não vai?
     -Não filha, sabe que não poderei  fazer isso.Terá que decidir por você mesma os rumos de sua vida.
     - Mas eu peço, eu lhe imploro vozinha, ainda que eu não entenda, ajuda-me a não cometer os erros  que cometi e que por eles tenha que pagar tão caro.
     -Vejamos se desta vez consiga superar a rebeldia e aceite as lições que as benditas provas lhe proporcionar. Eu vou sempre estar com você, basta pensar em Deus e na oração.Vai dar certo sim, confiemos!